IPO e abertura de capital: o novo universo

O IPO voltou para o noticiário financeiro e virou protagonista de uma das melhores fases do mercado financeiro dos últimos 14 anos. A sigla, para quem não sabe, vem da expressão em inglês Initial Public Offering que, para nós, significa Oferta Pública Inicial. Na prática, o IPO marca a primeira venda de ações realizada por uma empresa na Bolsa de Valores. 

Esse ato abre para qualquer pessoa a possibilidade de investir e se tornar acionista do negócio. Assim, ao fazer um IPO, a empresa deixa de pertencer só aos donos propriamente ditos e passa a ter outros sócios, pessoas anônimas e espalhadas pelo país e até pelo mundo que têm interesse de comprar pequenas partes daquele negócio e participar do lucro quando ele for distribuído. 

Nos bastidores, o IPO representa muito mais do que um processo burocrático. É um universo novo que se abre para a empresa e que, portanto, costuma ser muito aguardado e festejado. É algo emocionante não só para as empresas que querem expandir, mas também para os investidores que buscam uma boa rentabilidade no futuro.

Para o mercado, esse momento também passa uma mensagem importante. É um claro sinal de que o negócio se tornou bem sucedido e que tende a prosperar ainda mais. Por isso, quem passa por um IPO sobe um importante degrau na escadaria do sucesso. As atenções se voltam para o negócio e muita gente passa a acompanhá-lo mais de perto. 

Em momentos como agora, que a expectativa está alta devido aos bons resultados alcançados nos últimos meses, o interesse é ainda maior. Só no primeiro semestre de 2021, os IPOs já movimentaram R$ 21,8 bilhões, quase metade do total captado no ano passado inteiro – que, por sua vez, já havia sido um ano de sucesso. Em 2020, o crescimento de ofertas iniciais foi 344% maior que em 2019. 

Segundo a Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima), estamos diante do maior volume desde o boom de IPOs em 2007. 

Um estudo do Estadão/Broadcast, com base em dados da Anbima, mostra que o impacto da pandemia no mercado empresarial pode, inclusive, impulsionar ainda mais o setor. E com uma novidade: a entrada das pequenas e médias empresas, que já começaram um movimento para captar recursos por meio de operações no mercado financeiro. 

O próprio jornal buscou explicações para esse novo perfil. Ouviu investidores e profissionais que acompanham o mercado e identificou quatro fatores que ajudam a fomentar essa operação nas PMEs: a queda dos juros, a restrição dos créditos bancários para pequenas empresas (devido à pandemia), menores custos dos distribuidores para realizar ofertas restritas e a demanda dos investidores por aplicações de crédito privado.

Esse movimento confirma uma das principais diretrizes do IPO: ela costuma acontecer em momentos estratégicos. Se, de um lado, a pandemia deixou seu impacto negativo na economia, ela também fez avançar esse novo perfil que, até então, ninguém esperava. 

Afinal, veja só: uma das razões que leva uma empresa a abrir seu capital é o fato de buscar acesso a novos recursos sem a necessidade de ter que pagar juros – no caso, o dinheiro que vem dos novos acionistas. Com mais dinheiro em caixa, a empresa pode tirar alguns planos ambiciosos do papel, como aumentar a capacidade produtiva, expandir operações, comprar novas empresas, internacionalizar, desenvolver novos produtos e serviços ou, até mesmo, pagar dívidas. Ou, então, fazer como a Natura.

A Natura estava há 30 anos no mercado quando estreou na Bolsa de Valores. Naquela época, em 2000, ela já era case de sucesso e líder de mercado. E gerava resultados financeiros suficientes para financiar o próprio projeto de crescimento. Ainda assim, deu esse passo além e estreou no mercado financeiro. Essa decisão não foi pautada em necessidades financeiras. Foi a forma que a empresa encontrou de perpetuar o seu próprio estilo de fazer negócios, focada na responsabilidade empresarial, social e ambiental. Os fundadores queriam ter a certeza de que a companhia e seu modo de gestão iriam sobreviver a eles. E conseguiu.

O IPO, portanto, representa um importante passo porque fornece mais credibilidade para a empresa, seja o ramo que for. Ela precisa estar em um nível de maturidade razoável, investir na transparência dos resultados e ter planos concretos de expansão. Mas, acima de tudo, precisa acreditar no que faz. Confiar na evolução do negócio e na força das ideias que ele têm para oferecer ao mercado.

O IPO representa muito mais do que um processo burocrático. É um universo novo que se abre para a empresa e que, portanto, costuma ser muito aguardado e festejado. É algo emocionante não só para as empresas que querem expandir, mas também para os investidores que buscam uma boa rentabilidade no futuro.  

Para o mercado, esse momento também passa uma mensagem importante. É um claro sinal de que o negócio se tornou bem sucedido e que tende a prosperar ainda mais. Por isso, quem passa por um IPO sobe um importante degrau na escadaria do sucesso. As atenções se voltam para o negócio e muita gente passa a acompanhá-lo mais de perto.   

Só no primeiro semestre de 2021, os IPOs já movimentaram R$ 21,8 bilhões, quase metade do total captado no ano passado inteiro – que, por sua vez, já havia sido um ano de sucesso. Em 2020, o crescimento de ofertas iniciais foi 344% maior que em 2019.   

Segundo a Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima), estamos diante do maior volume desde o boom de IPOs em 2007. Esse movimento confirma uma das principais diretrizes do IPO: ela costuma acontecer em momentos estratégicos.  

Neste artigo busquei trazer uma reflexão a respeito deste tema: Quais fatores levam uma empresa a buscar o IPO? Quais os benefícios? Qual o nível de maturidade necessário para adotar esta estratégia?  

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