Por muito tempo, o mundo acreditou que a economia, o lucro e o capitalismo andavam no sentido contrário de outros importantes princípios que também movem o planeta, como a sustentabilidade, a consciência social e a inclusão. Pudera. Parece mesmo improvável que o acúmulo de riqueza e poder possa ter algo a ver com a capacidade de se perceber como parte do ambiente social onde estamos inseridos.
Mas o que ninguém sabia até então é que, entre esses dois extremos, não existe um abismo. E que sim: é provável misturar as duas coisas.
A resposta para isso está em apenas três letras – ESG, termo que vem despontando como a grande tendência para 2021. ESG significa Environmental, Social and Governance – ou, em bom português, ambiental, social e governança. Se fosse possível usar uma metáfora aqui, eu diria que essas três letras representam a ponte que, pela primeira vez na história, interliga o sucesso financeiro corporativo e o compromisso social, ambiental e de sustentabilidade com o planeta.
O ESG ganha força dentro de um contexto já marcado por mudanças de paradigmas mais profundas e em ebulição pelo menos desde 2015, quando a ONU consolidou a sua preocupação com um futuro mais sustentável por meio da criação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Mais ou menos nesse período, ganhou impulso também um movimento que passou a transformar a maneira como as empresas operam e a como os gestores conduzem seus negócios: o chamado capitalismo consciente.
O capitalismo consciente vem colocando em xeque alguns padrões de comportamentos empresariais que existiam até então e que passaram a não ser mais aceitos. O mindset individualista e a busca desenfreada do lucro pelo lucro, por exemplo, foram sendo abandonados para dar lugar a uma atuação mais humana e voltada aos anseios coletivos e ao desenvolvimento social. Dentro desse guarda-chuva que envolve o capitalismo consciente é que nasceu o padrão ESG.
Afinal, o mercado financeiro percebeu esse movimento. Era o que faltava para gerar uma grande mudança de rota também no mundo dos investimentos.
Em meio a esta realidade, a ESG entrou em cena e despontou como uma métrica que norteia as boas práticas e ajuda os investidores a escolher onde investir o seu dinheiro. Se, antes, eles se preocupavam apenas com a performance financeira, hoje analisa-se também o impacto social causado pelo negócio. Trata-se de uma nova mentalidade nos negócios, que força as empresas a se adaptarem para não caírem no esquecimento. É o que chamamos de finanças sustentáveis. Ou, simplesmente, investimento com propósito.
Tudo isso ganhou o mundo. De forma acelerada e muito mais rápida do que muitos de nós está conseguindo perceber.
Estima-se que, hoje, mais de 30 trilhões de dólares em ativos estão vinculados a estratégias de investimento sustentáveis. Em janeiro de 2020, por exemplo, a maior gestora de investimentos do mundo, a BlackRock, anunciou que passaria a redirecionar seus financiamentos a empresas sustentáveis, deixando de investir em setores que emitem muito dióxido de carbono na atmosfera. Esse anúncio provocou uma corrida contra o tempo e uma avalanche de adaptações. Não demorou muito para as primeiras gigantes virem a público com novidades. Poucos meses depois, a Apple e a Microsoft divulgaram um calendário para neutralizar toda a sua emissão de dióxido de carbono e carbono até 2030.
Ou seja: o movimento das três letras já começou. E a lição, aqui, é quase óbvia: há uma tendência global que pode engolir quem deixar a responsabilidade social do negócio para depois. Não importa se você é pequeno, grande ou médio empresário: nesse mundo pós-pandemia para o qual estamos nos encaminhando, perder investimentos não pode ser um risco. O lucro da sua empresa precisa encontrar o caminho que aponta para um planeta melhor e mais justo.
Estima-se que, hoje, mais de 30 trilhões de dólares em ativos estão vinculados a estratégias de investimento sustentáveis. Em janeiro de 2020, por exemplo, a maior gestora de investimentos do mundo, a BlackRock, anunciou que passaria a redirecionar seus financiamentos a empresas sustentáveis, deixando de investir em setores que emitem muito dióxido de carbono na atmosfera. Esse anúncio provocou uma corrida contra o tempo e uma avalanche de adaptações. Não demorou muito para as primeiras gigantes virem a público com novidades. Poucos meses depois, a Apple e a Microsoft divulgaram um calendário para neutralizar toda a sua emissão de dióxido de carbono e carbono até 2030.
Ou seja: o movimento das três letras, ESG, já começou. E a lição, aqui, é quase óbvia: há uma tendência global que pode engolir quem deixar a responsabilidade social do negócio para depois. Não importa se você é pequeno, grande ou médio empresário: nesse mundo pós-pandemia para o qual estamos nos encaminhando, perder investimentos não pode ser um risco. O lucro da sua empresa precisa encontrar o caminho que aponta para um planeta melhor e mais justo.